quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um dos melhores artistas gaúchos de 2009

o vídeo fala por si mesmo:

Um mundo de imagens para ler

 Ao desvendar o universo visual de seu cotidiano, o aluno vai conhecer melhor a si mesmo, compreender sua cultura e ampliá-la com a de outros tempos e lugares.
Experimente contar quantas imagens você vê diariamente. São construções em diversos estilos, carros de vários modelos, pessoas vestidas cada uma a seu gosto. Há ainda a poluição visual das cidades, com propagandas e pichações, a televisão, a internet, as fotos de jornais e revistas... Alunos e alunas usam adereços nos cabelos e enfeitam cadernos com ilustrações de todo tipo. Muitas vezes isso passa despercebido e parece não ter sentido. Ledo engano. Esses elementos visuais estão carregados de informações sobre nossa cultura e o mundo em que vivemos. Portanto, têm muito a ensinar.
A cultura visual - nome desse novo campo de estudo - propõe que as atividades ligadas à Arte passem a ir além de pinturas e esculturas, incorporando publicidade, objetos de uso cotidiano, moda, arquitetura, videoclipes e tantas representações visuais quantas o homem é capaz de produzir. Trata-se de levar o cotidiano para a sala de aula, explorando a experiência dos estudantes e sua realidade.
Essa "alfabetização visual" dará ao aluno condições de conhecer melhor a sociedade em que vive, interpretar a cultura de sua época e tomar contato com a de outros povos. Mais: ele vai descobrir as próprias concepções e emoções ao apreciar uma imagem. "O professor tem de despertar o olhar curioso, para o aluno desvendar, interrogar e produzir alternativas frente às representações do universo visual", afirma Fernando Hernández, professor da Faculdade de Belas Artes de Barcelona, na Espanha.

Teoria

O arte-educador e pesquisador norte-americano Elliot Eisner escreveu que o ensino se torna mais abrangente quando utiliza representações visuais, pois elas permitem a aprendizagem de tudo o que os textos escritos não conseguem revelar. Com base nisso, um grupo de pesquisadores norte-americanos passou, nos anos 1990, a estudar a ligação da Arte com a Antropologia. Ganhou o nome de cultura visual e hoje envolve também Arquitetura, Sociologia, Psicologia, Filosofia, Estética, Semiótica, Religião e História. Fernando Hernández é hoje um dos principais pesquisadores do assunto. Ele destaca que estamos imersos numa avalanche de imagens e que é preciso aprender a lê-las e interpretá-las para compreender e dar sentido ao mundo em que vivemos. Assim, crianças e adolescentes serão capazes de analisar os significados da imagem, os motivos que levaram à sua realização, como ela se insere na cultura da época, como é consumida pela sociedade e as técnicas utilizadas pelo autor. Na escola, isso significa que o ensino de Arte ganha uma perspectiva mais profunda. De conhecedor de artistas e estilos, o aluno passar a ser leitor, intérprete e crítico de todas imagens presentes em seu cotidiano

Observar, produzir, avaliar


O ponto de partida para quem quer trabalhar a cultura visual é ficar atento no mundo à sua volta. Conhecer os objetos que fazem parte da realidade dos alunos e perceber quais são importantes para eles. E, claro, planejar as atividades conforme o projeto pedagógico da escola. Ao escolher os temas de estudo, dê preferência às imagens que façam sentido para os estudantes. O espanhol Fernando Hernández propõe alguns critérios. As representações devem ser inquietantes, estar relacionadas com valores comuns a outras culturas, refletir o anseio da comunidade, estar abertas a várias interpretações, ter sentido para a vida das pessoas, expressar valores estéticos, fazer com que o espectador pense, não apenas ser a expressão do narcisismo do artista, olhar para o futuro e não estar obcecadas pela idéia de novidade.
"Antes de apresentar determinada imagem à turma, observe-a atentamente e pergunte a si mesmo quais as possibilidades de ensino que ela oferece", ressalta Teresinha Franz, professora de Arte e Design da Universidade do Estado de Santa Catarina e da Fundação Catarinense de Cultura. Na sala de aula, abra o leque de opções. Levante questões para toda a classe. É provável que surjam outras abordagens, igualmente ricas para o aprendizado (leia mais abaixo no texto Representação da época e da cultura).
Se preferir estudar um objeto, ressalte que aquela peça contém várias informações, pode revelar novas culturas e estabelecer relações entre povos, lugares e tempos. Mirian Celeste Martins, professora do Instituto de Arte da Universidade Estadual Paulista e do Espaço
Pedagógico, sugere criar uma expectativa na turma "lançando questões provocativas ou apresentando representações diversas do tema que será trabalhado". Uma página de publicidade de revista pode levar a um passeio pelos quatro cantos do planeta (leia o texto Grande viagem cultural na próxima página).
Um bom jeito de trabalhar é pedir que cada aluno monte uma pasta, tipo portfólio, para registrar os passos do projeto - as impressões sobre cada tarefa são essenciais. No início todos podem escrever uma redação ou um relatório contando o que já sabem sobre o tema. Ao longo das aulas, comentários devem acompanhar a produção diária (que podem ser desenhos, textos, esculturas...). No final os alunos podem comparar o que sabiam no início do trabalho com o que aprenderam. Você também vai ter uma visão geral do aprendizado na hora de avaliar.
Imagens efêmere
As imagens em movimento (televisão, videoclipe, videogame, internet, cinema etc.) são chamadas de "efêmeras". Por isso, devem ser trabalhadas de maneira especial na escola. Gisa Picosque, especialista em Artes Cênicas e consultora de cursos de formação de professores, sugere que o professor analise e interprete as informações que os alunos memorizaram. Essa seleção mental já revela muito. "É um momento rico para conhecer os estudantes - e eles a si mesmos - por meio das sensações que as imagens provocaram", ressalta.
Cabe ao professor conhecer os filmes, programas, sites e jogos preferidos dos jovens - e levá-los a abandonar a posição de espectadores passivos. Pergunte sobre as emoções e sensações provocadas; com quais personagens ou situações a garotada se identifica (e quais provocam estranhamento). Que objetos, personagens e situações são mais marcantes? Por quê?
Em seguida organize as respostas, localize essa produção visual no tempo e no espaço e oriente a classe a realizar as pesquisas necessárias.
O visual da escola
Os estudos sobre cultura visual mostram que as imagens presentes em nosso cotidiano são fundamentais na formação de uma cultura crítica nas crianças e nos jovens. Como a escola é, desde cedo, um dos principais espaços freqüentados por eles, ela ajuda (ou atrapalha) no processo de alfabetização visual. Por isso, antes de colar algo na parede de sala, pense: o que esse desenho, foto, mural ou cartaz vai representar para meus alunos? "O educador precisa evitar oferecer aos estudantes um espaço carregado de significados preestabelecidos", afirma Fernando Hernández.
O alerta vale principalmente para as classes de Educação Infantil. A pretexto de oferecer um ambiente "familiar", é comum ver as salas decoradas com personagens de histórias infantis e de desenhos animados. Os especialistas garantem que isso só ajuda a cristalizar estereótipos nos pequenos - e não auxilia em nada no trabalho de educar o olhar. "O ideal é que os espaços sejam preenchidos com representações criadas pelas próprias crianças", diz Irene Tourinho, vice-coordenadora do curso de pós-gradução em Cultura Visual da Universidade Federal de Goiás. Uma idéia: professores e alunos podem levar objetos importantes para eles (brinquedos, objetos de uso pessoal ou da decoração de casa etc.) e montar uma exposição para que todos observem e troquem informações sobre a importância de cada peça para seu dono, um trabalho ao mesmo tempo único e enriquecedor.

Representação da época e da cultura


Loris Gruginski, de Florianópolis, decidiu mostrar a seus alunos de 8ª série da Escola Estadual de Ensino Básico Padre Anchieta como a cultura visual pode ser um instrumento de cidadania e uma forma de expressão estética. Escolheu um quadro do conterrâneo Victor Meirelles e definiu um objetivo: estudar a cidade pelos olhos do pintor. "Os artistas representam sua época e sua cultura. Nós também podemos ser representantes de nossa época e de nossa cultura", diz. Ao iniciar o trabalho, porém, os estudantes se interessaram também pela moda do século 19, revelando um olhar surpreendente (e mais detalhado) sobre o tema.
Antes de visitar o museu dedicado a Meirelles, Loris levou gravuras para a sala de aula e mergulhou com a turma na obra do pintor. Conhecer como era a cidade 200 anos antes fez a garotada abrir os olhos para a realidade. "Todos passaram e se preocupar com o bairro em que vivem e seu entorno." A professora, então, selecionou imagens da cidade e pediu que os jovens fizessem novos quadros dos mesmos locais. Os desenhos e guaches produzidos foram colocados num grande painel, na escola. Como a moda era também tema de estudos do artista, muitos quiseram se aprofundar nesse aspecto. Uma parceria com uma universidade local permitiu criar oficinas de confecção de roupas e deu origem a uma série de pesquisas sobre a importância da indústria têxtil para a economia de Santa Catarina - ontem e hoje.

Roteiro para o olhar


O pesquisador norte-americano Robert William Ott, da Penn State University, criou o seguinte roteiro para treinar o olhar sobre obras de arte, mas ele pode ser adaptado a atividades ligadas à cultura visual. O diferencial é fazer sempre a relação com a realidade do aluno:1) Descrever
Para aproveitar tudo o que uma imagem pode oferecer, os olhos precisam percorrer o objeto de estudo com atenção. Dê um tempo para a obra se "hospedar" no cérebro. Em sala de aula, peça que todos descrevam o que vêem e elaborem um inventário.2) Analisar
É hora de perceber os detalhes. As perguntas feitas pelo professor devem ter por objetivo estimular o aluno a prestar atenção na linguagem visual, com seus elementos, texturas, dimensões, materiais, suportes e técnicas.3) Interpretar
Um turbilhão de idéias vai invadir a classe e você precisa estar atento a todas elas, para
aproveitar as diversas possibilidades pedagógicas. Liste-as e eleja com a turma as que
correspondam aos objetivos de ensino. Meninos e meninas devem ter espaço para expressar as próprias interpretações, bem como sentimentos e emoções. Mostre outras manifestações visuais que tratem do mesmo tema e estimule-os a fazer comparações (cores, formas, linhas, organização espacial etc.).4) Fundamentar
Levantadas as questões que balizarão o trabalho, é tarefa dos estudantes buscar respostas.
Elabore junto com eles uma lista com os aspectos que provocam curiosidade sobre a obra, o autor, o processo de criação, a época etc. Ofereça textos de diversas áreas do conhecimento para pesquisa e indique bibliografia e sites para consulta, selecionando os textos de acordo com os interesses e o nível de conhecimento da classe.5) Revelar
Com tantas novidades e aprendizados, a turma certamente estará estimulada a produzir.
Discuta com todos como gostariam de expor as idéias que agora têm. Quais são essas idéias e como comunicá-las? É hora criar, desenhar, escrever, fazer esculturas, colagens...
Exercício

A consultora Mirian Celeste Martins mostra, a seguir, como observar objetos do cotidiano e aprender com eles. Neste exemplo ela usou xícaras. Se você escolher outros materiais para explorar com seus alunos, é preciso adaptar as questões. O primeiro passo é fazer uma descrição detalhada, para conhecer as características e funções. Em seguida passe às perguntas.

· Em sua casa as pessoas têm o hábito de tomar café e/ou oferecê-lo às visitas?
· Quais as semelhanças e diferenças entre as xícaras ao lado? Descreva-as.
· Para que serve cada um de seus elementos? Por que foram desenhados assim?
· Todas estas xícaras são utilizadas hoje? Onde? Por quem?
· É possível estimar em que época elas foram feitas? Quais elementos levam a essas hipóteses? Por quem foram produzidas? Em que época?
· O que essas imagens provocam em você? Perceba suas emoções e sensações.
· Como seu corpo reage às três xícaras e à obra de Regina Silveira?
· O que podemos pensar sobre os hábitos de nossa cultura?
· Outros povos têm costume de tomar café? Eles produzem outros tipos de xícara?
· Por que os americanos tomam a bebida em xícaras grandes? Por que os árabes costumam ler a borra do café que fica no fundo da xícara?
· Como seria nosso auto-retrato como xícara? Que tipo de xícara seríamos?
· O que se pode criar com base nas imagens acima? É possível inventar histórias para cada uma, criar personagens com as mesmas características das xícaras? Escrever, desenhar, dramatizar, dançar, esculpir uma cena dessa história? Criar um novo desenho de xícara, pensando em quem tem um grande bigode ou um enorme nariz?

Grande viagem cultural


No início do ano passado, Célia Maria Meirelles começou a estudar a formação do povo brasileiro por meio da arte com suas turmas de 7ª série na Escola Municipal Governador Ildo Meneghetti, em Porto Alegre. Ninguém imaginava que o trabalho se estenderia por mais de um ano - só está previsto para terminar em junho. Tudo começou com um anúncio que a professora viu numa revista. A página, dividida em quatro faixas horizontais (nas cores vermelha, amarela, branca e preta), tinha os dizeres: "Quando você mistura as cores das quatro raças, você tem a cor da Terra". Ela usou o material para cutucar a garotada e convidar todos para uma longa viagem cultural.
Antes do embarque, uma reflexão sobre a palavra viagem, ilustrada com imagens de jornais e revistas. Os alunos descreveram e justificaram suas escolhas, falaram sobre as sensações ao apreciar os trabalhos - que foram usados para encapar o "diário de bordo", portfólio que registra os passos do aprendizado. A primeira escala foi no Brasil antes da chegada dos portugueses. Os jovens estudaram o significado das formas geométricas presentes nas pinturas corporais e em cestas e potes. Em seguida produziram peças de cerâmica e madeira.
Aproveitando o interesse provocado pela Copa do Mundo na Coréia do Sul e no Japão, a Ásia virou foco de estudo. Durante uma semana, todos anotaram o que viram nos jornais e ouviram na televisão sobre o Oriente, para compartilhar dúvidas em classe. Depois os alunos participaram de oficinas de origâmis e chapéus típicos de papel-machê e, junto com outros professores, tomaram chá verde em silêncio, como num típico ritual oriental.
A cultura negra rendeu estudos sobre tecidos e jóias, com direito a reprodução de estamparias e adereços - devidamente acompanhados de textos explicativos. Neste ano o trabalho recomeçou com os europeus. Mas o grande barato é mesmo o produto final bolado por Célia e seus alunos: a montagem de malas que revelassem todas as culturas estudadas, tal qual um turista que guarda objetos dos lugares que visitou para nunca se esquecer do que aprendeu na viagem.

Tecnologia & Educação

 Os Chats - uma ferramenta didática
As Tecnologias da Informação e da Comunicação têm vindo a provocar uma enorme mudança na Educação, originando novos modos de difusão do conhecimento, de aprendizagem, e, particularmente, novas relações entre professores e alunos. As pesadas enciclopédias foram substituídas pelas enciclopédias digitais, pela consulta de portais acadêmicos e outros locais diversificados. Passamos a utilizar sistemas eletrônicos e apresentações coloridas para tornar as aulas mais atrativas e, frequentemente, deixamos de lado o tradicional quadro negro e o giz e passamos diretamente para as superfícies e projeções intercativas.
A revolução originada pela Internet possibilita que a informação produzida e disponibilizada em qualquer lugar esteja rapidamente disponível em todo o Mundo, originando uma mudança nas práticas de comunicação e, consequentemente, educacionais, em vários aspectos tais como na leitura, na forma de escrever, na pesquisa e até como instrumento complementar na sala de aula ou como estratégia de divulgar a informação, permitindo tanto o ensino individualizado como o trabalho cooperativo e em grupo entre alunos.
O computador por seu lado vem-se afirmando também pelo interesse que causa nos alunos. Curiosos e entusiasmados para aprenderem a mexer, eles ficam atentos a todo tipo de orientação e novidade relacionada ao computador e a Internet. A informática tem, assim, o poder de entreter mesmo aqueles alunos com dificuldades de comunicação e concentração. Deste modo, educar no mundo de hoje é uma tarefa não só das escolas e universidades, mas também da rede mundial de computadores.
Outra questão a ser considerada, é que neste novo sistema do mundo tecnológico, o professor deixou definitivamente de ser o detentor de todo o saber, para se afirmar como um orientador, um intermediário entre o aluno e os conhecimentos que a Internet pode fornecer.
A passagem do papel do professor de veículo transportador de informação para o de condutor desse mesmo veículo reforça-lhe a importância, se assumirmos a Internet como uma espécie de “território livre”, onde tudo pode ser publicado. O discernimento da qualidade das fontes de informação e a análise da sua fidedignidade são deste modo papéis fundamentais desempenhados pelo professor. A sua participação é crucial para orientar o aluno evitando que ele incorra em erros ou se apóie em informações imprecisas. Para mim, este é um dos mais importantes papéis do professor no contexto atual: oferecer aos alunos orientação para consultas e pesquisas, aproveitando eficazmente as potencialidades da Internet.
Por outro lado o aparecimento de formatos comunicacionais mais apelativos e abrangentes coloca nos pedagogos inquietações constantes no sentido de transportarem para o território educativo - as redes sociais, os fóruns, os chats e toda a diversidade intercativa hoje existente.
É neste contexto que experimentei transformar os chats em ferramenta educacional. Assumindo o papel de orientador e despoletado das pesquisas por parte dos alunos, constatei que os mesmos desenvolveram competências de pesquisa, tornando-se mais autônomos e colaborativos. O procedimento é relativamente simples e disponível a qualquer docente. No fundo trata-se de recorrer a um serviço de Chat, o que se consegue gratuitamente na Internet, e fazer com que o mesmo seja acessível a todos os alunos de uma dada turma. Depois de todos estarem ligados no chat, o docente coloca uma questão temática, os alunos procuram a resposta e respondem igualmente por chat. Deste modo e em seqüência cada aluno vai poder responder ao docente e às questões que os colegas tenham sugerido. Pode igualmente comentar as respostas dos colegas, assim como pedir ajuda ou partilhar o encanto/estupefação pelo que acabou de ler. A possibilidade de “em tempo real” enviar, aos restantes participantes, as ligações para os sítios que visitou permite a troca de pontos de vistas sobre um mesmo assunto. Depois de uma fase de teste em sala de aula, esta metodologia permite que em situações de isolamento, por motivos de saúde ou outros, o aluno possa permanecer em “contato direto” com os seus colegas de turma.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O que é Stop Motion?

Aprenda um pouco mais sobre esta técnica utilizada tanto em produções milionárias quanto em animações caseiras.
É provável que você já tenha ouvido falar sobre e mais provável ainda que já tenha visto alguma animação feita com a técnica chamada de Stop Motion. Ela é bastante usada por gigantes do entretenimento como a Disney e também na criação de animações caseiras e não tão pomposas.
Usada tanto em desenhos animadas quanto em filmes com atores reais, esta técnica é bastante difundida no meio cinematográfico e há alguma décadas faz parte da rotina criativa de diversas pessoas ao redor do mundo.
Para esclarecer bem o que é isso, nós do Baixaki criamos um artigo sobre este assunto. Aqui você aprenderá não somente o que é o Stop Motion, mas também algumas dicas para deixar sua veia cinematográfica vir à tona através das animações! Vamos lá?

Mas que raios é o Stop Motion?
Stop Motion (que poderia ser traduzido como “movimento parado”) é uma técnica que utiliza a disposição sequencial de fotografias diferentes de um mesmo objeto inanimado para simular o seu movimento. Estas fotografias são chamadas de quadros e normalmente são tiradas de um mesmo ponto, com o objeto sofrendo uma leve mudança de lugar, afinal é isso que dá a ideia de movimento.

Cientificamente falando, o Stop Motion só é compreendido como movimentação pelo fenômeno da Persistência Retiniana. Ele provoca a ilusão no cérebro humano de que algo se move continuamente quando existem mais de 12 quadros por segundo. Na verdade, o movimento desta técnica cinematográfica nada mais é que uma ilusão de ótica.

E como isso tudo começou?

A história do Stop Motion remonta aos primórdios do cinema. O mágico e ilusionista francês George Mélies viu nesta arte uma ótima possibilidade para dar sequência aos seus truques misteriosos que encantavam a todos. A partir da técnica do Stop Motion ele alcançou o ápice de sua carreira cinematográfica com o filme Viagem à Lua, de 1902. No curta, a chegada na Lua de um foguete com tripulação humana é criada a partir desta técnica.

Ao longo do século XX a técnica foi sendo desenvolvida e aprimorada por diversos diretores de cinema e durante muito tempo foi a base para efeitos especiais em filmes com robôs e monstros, pois como ainda não existia toda esta tecnologia capaz de criar qualquer coisa a partir de um computador, os cineastas recorriam à movimentação quadro a quadro.


 
Esta técnica foi utilizada na saga Star Wars, do diretor estadunidense George Lucas e revolucionou o cinema com suas habilidades de efeitos especiais usando o Stop Motion. Outro que chamou (e ainda chama) atenção para o uso desta técnica é o também estadunidense Tim Burton. Em 1982, Burton criou Vincent, um curta-metragem de terror para crianças todo em Stop Motion. Em 2005 o diretor repete a dose, agora em um longa, com A Noiva Cadáver.

O aclamado filme A Fuga das Galinhas (Grã Bretanha, 2000), dirigido por Nick Park e Peter Lord e O Estranho Mundo de Jack (EUA, 1993) de Henry Selick também são bons exemplos de sucesso desta técnica.

Crie seu próprio Stop Motion

Para criar seu Stop Motion você precisará, primeiramente, de duas coisas: um computador com um programa para a edição de vídeo e uma câmera fotográfica digital. Tendo isso, você precisará agora de personagens, que podem ser bonecos vendidos em lojas ou feitos com massa de modelar.

Dicas importantes

• Planeje sua filmagem – procure elaborar um roteiro, espaço de movimentação dos personagens e cenário para não ter nenhuma surpresa durante a filmagem e acabar perdendo tempo e trabalho.

• Utilize menos quadros por segundo (fps) – vídeos usam 30 fps e fazer isso em Stop Motion dará um bom trabalho. Tente usar 12 ou 15 e você em um bom número!

• Evite movimentar a câmera – quanto menos movimentar a câmera melhor será o resultado final.

• Aproveite recursos do editor – alguns efeitos de movimentação podem ser adicionados na edição, o que poupa trabalho e evita erros durante as filmagens.

• Suavidade de movimentação – para tornar mais real sua animação, suavidade nos movimentos é essencial. Isso pode ser incrementado através do efeito Blur (desfoque) do editor de vídeos.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

VIVER


1.Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe, pinte, cante, dance, brinque, trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom);
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.  
"O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"... (Pedro Bial)

sábado, 9 de janeiro de 2010

Técnicas da Arte Moderna e Contemporânea

Ao contrário da arte tradicional, em que a habilidade, a técnica e a forma são o mais importante, dentro da arte moderna a mensagem, o significado e a inovação são o mais importante, nem sempre traduzido numa forma própria

Apropriação

Apropriação é quando um artista, ao invés de criar um conceito ou imagem original, simplesmente se apropria de um conceito já existente. Por exemplo, um filme de faroeste, que utiliza-se de conceitos fartamente conhecidos(O caubói solitário, o deserto, etc) ao invés de criar conceitos desconhecidos ou quando alguém faz uma sátira a um filme já existente(exemplo, filmes como Todo Mundo em Pânico).

Dentro da arte moderna, a apropriação teve início com Marcel Duchamp, que colocou um bigode dentro de um postal da Mona Lisa. Ele não criou uma imagem, simplesmente se valeu da fama e do valor estético de uma imagem já existente – se você não conhece a Mona Lisa, ela não tem valor. Picasso e Salvador Dali também produziriam homenagens a quadros conhecidos. A chamada arte pop também se utilizaria dela, só que com elementos da cultura de massa – personagens de HQs, filmes e embalagens de produtos de supermercado(Vide a obra de Andy Warhol e Roy Liechenstein)..

A base da apropriação está em não só saber criar uma imagem diferente, mas em saber utilizar o valor já existente de uma imagem já existente. Pode ser uma sátira, uma homenagem, mas sempre usando uma imagem já existente.

A criação de softwares de tratamento de imagens permitiu que a apropriação fosse levada a extremos e de uma certa forma até vulgarizada.



Abstracionismo

Apesar da arte abstrata ser comum entre árabes e outros povos, na Europa o grande introdutor da arte abstrata é o russo Wassily Kandinsky. A arte abstrata não trabalha com o desenho de formas que lembram ou reproduzem objetos, pessoas ou coisas(Mesmo o desenho pouco detalhado e elaborado dessas formas não significa arte abstrata), mas com formas, linhas e manchas que não lembram figura nenhuma nem tentam ter um significado(Um adendo: Picasso costumava dizer que não havia arte abstrata, justamente por quê toda arte abstrata lembra alguma coisa).

Como lembrou o filósofo alemão Arthur Schopenhauer(Antes da arte abstrata ser desenvolvida no Ocidente) e posteriormente os pintores abstratos, a arte abstrata é como a música. A música, por mais que trabalhe com sons, não depende da imitação de sons da natureza, como granidos de patos, barulhos de carros ou passarinhos. A arte abstrata parte pelo princípio: criar composições agradáveis sem depender da representação de objetos já existentes na natureza(Se você desenhar uma vaca, boa parte das sensações que isso irá causar nas pessoas irá vir do fato de pessoas odiarem ou amarem vacas, não nos méritos do seu desenho.). Não significa rabiscos aleatórios, pelo contrário.

Arte abstrata exige composições agradáveis ou agressivas, mas que consigam transmitir emoções. Um quadro abstrato de composição pobre ou berrante não é um bom quadro, por exemplo.

Instalação/Ready Mades

A instalação é uma variante da escultura em que o artista, ao invés de modelar ou esculpir uma figura, ele se utiliza de materiais diversos(Ex, Sucata, pedaços de metal, aço, estruturas de metal, etc) para criar uma estrutura dimensional, tendo ela um significado direto ou não.

A boa instalação não é um amontoado aleatório de objetos, mas uma estrutura que consiga fazer com que o espectador pense sobre determinado assunto ou seja impactado com isso. Ou seja, a instalação lembra determinada coisa ou assunto, ou faz o espectador lembrar de alguma coisa, ou ainda faz algum tipo de mensagem. Ou claro, criar uma estrutura impactante por si só.

Marcel Duchamp, ao inscrever um mictório dentro de uma exposição de arte(Em que qualquer quadro cujo o autor pagasse para entrar seria inscrito), criaria o conceito de ready made dentro da arte moderna, ao criar uma obra de arte que desafiava o próprio conceito de obra de arte: o mictório seria batizado de “A Fonte”(O mesmo nome de um quadro clássico de Ingres). Isso somado ao conceito das esculturas gigantescas e abstratas dos concretistas levaria ao advento das instalações na Década de 1970.

A base do conceito de instalação é juntar objetos que tenham uma determinada carga emocional por si só e criar uma composição de tons fortes, dando-lhe determinado significado ou fazer com que este conjunto implore por um significado. Por exemplo, Nuno Ramos, em 1993, criou uma instalação com paralelepípedos e betume como uma forma de protesto contra o Massacre na Casa de Detenção no Carandiru, naquele mesmo ano.

Se instalações sofrem críticas ferinas, muitas vezes por sua falta de coesão(Não raro instalações são confundidas com lixo e jogadas fora por faxineiros desavisados em galerias e piadinhas em cartuns de pessoas confundindo ar condicionados e extintores com obras de arte viraram clichê), elas permitem que o espectador tenha uma experiência artística diferente, em loco.

Vídeo-arte

A vídeo-arte é uma modalidade de instalação em que uma televisão com algum vídeo é enviada para alguma televisão. O vídeo pode fazer parte de uma instalação maior, ou ser uma apresentação sem relação nenhuma com outras obras no entorno.

Perfomance

A performance é uma modalidade de instalação que combina alguma apresentação corporal com a obra de arte em si. Geralmente é produzida pelo artista em ocasiões específicas, não representando todo o tempo de duração de uma exposição.

Multimídia

Multimídia é o nome que se dá para a instalação que trabalha com imagens e textos via algum recurso interativo, geralmente um programa de computador ou similar.

Contextualizando: Não é difícil contextualizar esse tipo de conteúdo. A arte abstrata é uma velha conhecida dos alunos e a apropriação pode ser ensinada com o uso de fotomontagem: os alunos misturam elementos de fotos diversas com recortes(Colocar, por exemplo, cabeças de animais em pessoas).

A instalação/ready made não é complicada: traga uma caixa cheia de sucata, e peça para os alunos fazerem o mesmo. Daí, em grupos, peça para eles montarem uma pequena instalação com esses elementos tendo instalações conhecidas como base. Mantenha um ambiente calmo e descontraído, sem exigir significados ou outras coisas complexas.Os trabalhos abaixo foram feitos por uma classe de EJA, mas creio que isso funciona bem em salas de Ensino Médio normal. Note que crianças até antes da Sétima Série têm dificuldade em distinguir arte abstrata e simbolismo atrás de quadros, portanto, não sendo muito apropriadas para esse tipo de trabalho.

Por fim, o segredo é se prender à técnicas, não à incontáveis escolas e artistas do período. Não é preciso falar de Naum Gabo. Alexander Calder, Op Art, Pop Art, etc.

TE AMO! (p/ minha esposa Adriane)

“Te amo de uma maneira inexplicável..De uma forma inconfessável, de um modo contraditório..

Te amo , com meus estados de ânimo que são muitos e mudar de humor continuadamente pelo que você já sabe......O tempo, a vida, a morte...Te amo, com o mundo que não entendo, com as pessoas que não compreendem, com a ambivalência de minha alma, com a incoerência dos meus atos, com a fatalidade do destino, com a conspiração do desejo, com a ambiguidade dos fatos...

Ainda quando digo que não te amo, te amo...Até quando te engano, não te engano

No fundo levo a cabo um plano para amar-te melhor...Te amo , sem refletir, inconscientemente, irresponsavelmente, espontaneamente, involuntariamente, por instinto, por impulso, irracionalmente ..De fato não tenho argumentos lógicos nem sequer improvisados para fundamentar este amor que sinto por ti... Que surgiu misteriosamente do nada, que não resolveu magicamente nada, e que milagrosamente, pouco a pouco, com pouco e nada, melhorou o pior de mim...Te amo com um corpo que não pensa, com um coração que não raciocina, com uma cabeça que não coordena...Te amo incompreensivelmente, sem perguntar-me porque te amo, sem importar-me porque te amo, sem questionar-me porque te amo...Te amo simplesmente porque te amo...Eu mesmo não sei porque te amo..."

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Autorretrato


Autorretrato pode ser um desenho, um texto, uma canção. É alguém falando de si mesmo. Mas quem garante que ele não está inventando história? No meio da realidade, sempre vem um monte de fantasia. Como dizia John Lennon, "metade do que eu digo não faz sentido". Agora, qual a metade que vale, você vai ter que descobrir sozinho.

A oficina de criação da maioria dos artistas fica numa zona nebulosa entre a ficção e a realidade. É ali que nascem roteiros, romances, coreografias. O processo de criação é uma das mais belas manifestações do ser humano. Dizem que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus pela sua capacidade de criar. Já fiz muitas coisas na vida, entre elas, minha obra- prima Enzo.

Esse é o conceito que permeia todo o trabalho: o valor da amizade e o prazer de compartilhar com os outros o que se tem de melhor. "Tu me ensina a viver / Que eu te ensino a sonhar". Um sentimento clássico que sempre se renova e hoje encontra sintonia com as novas relações virtuais, onde as pessoas se expõem cada vez mais na internet através de fotos, vídeos e textos.

É claro que muitos, disfarçados por uma foto retocada, inventam um falso perfil para conseguir dizer certas coisas. Já é um começo. Aos poucos irão tomando coragem para revelar seus segredos mais íntimos de peito aberto, escancarado.

No meio da fantasia, sempre vem um monte de realidade. Fernando Pessoa escreveu que "O poeta é um fingidor. Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente". Tem gente que faz poesia. Tem gente que pinta um quadro. Tem gente que faz cinema. Agora, o que é delírio e o que é documentário? Vai saber...

Eu faço quadros, esculturas, escrevo bobagens e dou aula de arte. É o que sei fazer. É o meu jeito de abrir o coração e contar histórias.

E você? Como é que você faz? Você tem figurinhas pra trocar?



Na dúvida, abstenha-se. (Waldo Vieira)


   Na dúvida, abstenha-se
Vale a pena empregar essa norma em todo o tipo de decisão, vacilação ou dúvida quanto a uma decisão de destino, mais séria. As vezes, é melhor dormir até o outro dia a fim de caracterizarmos melhor um pensamento decisivo.

Isso também passa.
Na hora da crise muita intensa e aguda, coloque estas 3 palavras, em letras grandes, no pé de sua cama, para você ler enquanto estiver repousando e refletir sobre seu conteúdo. Não há nada eterno na vida humana, inclusive as coisas negativas ou que não atendem aos nossos interesses, em geral ainda muito egoísticos.


Insista, não desista do bom empreendimento.
Se o objetivo é construtivo e os seus meios são honestos quanto aos direitos das consciências, não desista facilmente do que esteja produzindo.

Que aconteça o melhor para todos.
Você veio à vida humana para servir às outras consciências. Em seus desejos e evocações, coloque os semelhantes em primeiro lugar.

É melhor ser inteligente e desistir de pedir exclusivamente para você. (Waldo Vieira)